Lucas Paquetá é absolvido pela Football Association (FA) da acusação de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas. A decisão foi confirmada nesta sexta-feira (25) e encerra um processo que se arrastava há anos, colocando em risco a carreira do meia brasileiro, acusado de forçar cartões amarelos enquanto defendia o West Ham.
A decisão veio após longa investigação conduzida pela entidade inglesa, que analisava suspeitas de que o jogador teria forçado cartões amarelos em partidas do West Ham, seu clube atual, com o objetivo de beneficiar apostadores ligados a ele.
Investigação revelou padrões suspeitos em apostas ligadas a Paquetá
A origem do caso remonta a um padrão atípico identificado em apostas feitas na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, local de origem do jogador. Estima-se que mais de 60 apostas foram realizadas por pessoas próximas ao atleta, sempre focando na possibilidade dele receber cartão amarelo em jogos específicos.
Esses indícios levantaram suspeitas na FA, que decidiu abrir investigação formal. O processo foi marcado por sigilo, alto custo financeiro e forte repercussão pública. A gravidade da acusação colocava o jogador sob risco de ser banido do futebol profissional, uma punição extrema que já foi aplicada em casos semelhantes na Inglaterra.
Transferência ao Manchester City foi travada por conta do caso
No momento em que o caso se tornou público, Lucas Paquetá estava em negociações avançadas para se transferir ao Manchester City, em um negócio que poderia chegar a 80 milhões de euros. A investigação paralisou o processo e gerou prejuízos significativos para o West Ham, que esperava lucrar com a venda.
Internamente, o clube londrino precisou lidar com o impacto jurídico e financeiro, além da indefinição sobre o futuro do atleta. A diretoria preferiu manter o jogador, mas sob vigilância, aguardando os desdobramentos legais.
Pressão emocional afetou desempenho do jogador em campo
Durante o período em que esteve sob investigação, Paquetá sofreu forte pressão emocional. Nas redes sociais, torcedores apontavam queda de rendimento, principalmente em jogos pela seleção brasileira. A insegurança em relação ao seu futuro profissional era visível, segundo fontes próximas ao jogador.
Agora, com a absolvição, o meio-campista poderá retomar o foco total no desempenho esportivo. A expectativa é que ele reencontre sua melhor forma física e técnica, sem o peso das incertezas que o acompanhavam nos últimos meses.
Fim do processo abre caminho para novas oportunidades no mercado
Com a inocência confirmada, Lucas Paquetá volta a ser um nome forte no mercado europeu. A possibilidade de transferência, antes travada, pode ser reativada caso surjam propostas na próxima janela. A tendência, no entanto, é que ele permaneça no West Ham pelo menos até o fim da temporada atual.
No Brasil, seu nome chegou a ser especulado no Flamengo, clube que o revelou. Porém, a chegada de Saúl Ñíguez e a provável contratação de Jorge Carrascal enfraqueceram essa possibilidade. A prioridade do jogador segue sendo a permanência na Europa, onde mantém mercado sólido.
Reputação restaurada e futuro aberto para Paquetá
A absolvição de Lucas Paquetá marca um novo capítulo em sua carreira. A decisão encerra um dos processos mais delicados já enfrentados por um jogador brasileiro no futebol europeu nos últimos anos. Livre de acusações, ele poderá retomar sua trajetória com mais tranquilidade.
A expectativa de torcedores e analistas é que Paquetá reencontre sua melhor versão em campo. Com apenas 27 anos e passagens por Milan, Lyon e West Ham, ele ainda tem muito a oferecer — seja como pilar do time inglês ou reforço de peso para gigantes da Europa.
